sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

O Cinema em Rio Novo - Parte V

Curiosidade:

Tamanha foi a influência do cinema estrangeiro em nossos hábitos que, em Rio Novo, por exemplo, existem várias pessoas cujos nomes de batismo são homenagens de seus pais, que vivenciaram a época aqui descrita, a seus ídolos na telona.


Citemos alguns nomes registrados em cartório:

- Alain Delon
- Errol Flynn
- Charlinton Heston Marlon



O Fim.

No início da década de 80 o cinema em Rio Novo fechou as portas. O que mais influenciou a decadência dos cinemas, nas cidades pequenas e, também, nas médias e grandes foi, não só o surgimento do vídeo aliado à ascensão da televisão mas, principalmente, a falta de bons filmes. Houve uma invasão de filmes de qualidade inferior aos grandes clássicos com os quais foram acostumados, que fizeram com que perdessem o prazer de freqüentar o cinema - grande quantidade de “filmes B” que foram produzidos na década de 1980 nos Estados Unidos e a  Pornochanchada brasileira, que teve seu auge aproximadamente na mesma época. A maior consequência do gênero foi marcar o cinema brasileiro como sinônimo de um cinema repleto de nudez e de palavrões.
A partir de então, o rápido desenvolvimento da tecnologia fazendo surgir aparelhos de áudio e vídeo cada vez mais sofisticados possibilitou a atual facilidade de acesso à música e aos filmes.
THE END
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Trabalho apresentado pelo Ir. Emanuel Ayres
no 2° período da Faculdade de Comunicação Social - UFJF
em novembro de 2011

O Cinema em Rio Novo - Parte IV

O Auge.

Da década de 50 até meados dos anos 70 o cinema em Rio Novo viveu sua época de ouro. O faroeste foi o gênero predominante. Desde os clássicos Westerns americanos com John Wayne, aos chamados “Spaghetti” italianos, imortalizados por personagens marcantes, interpretados por atores como Terence Hill, Franco Nero e Clint Eastwood. Terminados os filmes, as crianças, maravilhadas com as cenas de ação, saiam correndo pela praça brincando de mocinho e bandido.
Antes da execução dos filmes a grande atração dos cinemas era o famoso cine-jornal “Canal 100” que mostrava os lances dos principais clássicos de futebol da semana. O “Canal 100” tinha como trilha sonora a música “Na Cadência do Samba”, imortalizada com o piano do artista rionovense Waldir Calmon, ainda muita executada nos dias de hoje. Ao final das sessões de sábado eram exibidos episódios de seriados também americanos. Dentre eles: “Flash Gordon no Planeta Marte”, “O Príncipe Submarino” e “Nyoka, a Rainha das Selvas”. Havia também, aos domingos, matinês que lotavam o cinema, exibindo uma maratona de desenhos do “Tom & Jerry” e filmes do Walt Disney.

Em breve entrevista realizada com 100 rionovenses que viveram a época do cinema na cidade, ficou constatada a seguinte preferência:
Filmes Preferidos: Da Terra Nascem os Homens (1958); Os Canhões de Navarone (1961); O Dólar Furado (1965); Sete Homens e um Destino (1960); filmes em geral da franquia Trinity, Django e musicais com Frank Sinatra; Comédias com Charlie Chaplin e Jerry Lewis. Também foram citados os épicos Spartacus (1960), Ben Hur (1959), Ivanhoé (1952), El Cid (1961) e Quo Vadis (1951).
Atores Preferidos: Charlton Heston, John Wayne, Steve McQueen, Gregory Peck, Charlie Chaplin, Jerry Lewis, Frank Sinatra, Yul Brynner, Paul Newman.
Atrizes Preferidas: Sophia Loren, Elizabeth Taylor, Marilyn Monroe, Gina Lollobrigida, Claudia Cardinalle.

O Cinema em Rio Novo - Parte III

Ankito
Em 1918, grassava o surto epidêmico da Gripe Espanhola em Rio Novo. Grande parte da população estava doente, ainda não existiam as sulfas e as penicilinas e o mal era contagioso.
Sr. Galdino Pinto, com um circo denominado Grande Circo Oriental, na ocasião, começou a atender os doentes com elevados sentimentos filantrópicos, liderando a campanha de combate à Gripe. O circo foi transformado em hospital e, quando ali não cabia mais ninguém, Galdino, de casa em casa, mitigava a sede dos doentes. A cidade estava deserta e só um homem cruzava as ruas abandonadas. Era o avô de Ankito e sua sacrossanta missão de cuidar dos vivos e sepultar os mortos.
Os dois filhos de Galdino Pinto, Abelardo e Aquísis encarnavam Piolim e Faísca na vida circense. Anquísis, artista consumado, trapezista e ginasta, casou-se com uma mocinha de 16 anos, a mais bonita de Rio Novo na época, dizia-se. Ambos seguiram pelo Brasil na vida nômade circense.
Do matrimônio tiveram um filho que recebeu na pia bastimal o nome do pai: Anquísis Pinto Filho, que se tornaria o notável comediante Ankito .
Aos 7 anos, não teve jeito, e o menino estreava no circo, no perigoso globo da morte. Com a experiência no circo, aos 18 anos, Ankito passou a participar de shows, como acrobata, no Cassino da Urca. Numa noite, o ator principal não pôde comparecer e Ankito acabou o substituindo por acaso. Fez muito sucesso e acabou permancendo no elenco principal da montagem. No fim dos anos 40 e já com carreira consolidada no teatro, ele contracenou com Grande Otelo no show "Bahia mortal". Em 1952, Ankito foi convidado para estrear no cinema. De início seria apenas uma pequena participação em três dias de filmagem de "É fogo na roupa", mas, como sempre, ele roubou a cena, e acabou ganhando uma participação maior no projeto, rodando 39 dias, e faturando o primeiro lugar nos créditos do longa-metragem. Ao todo, Ankito protagonizou 56 filmes, todos sucesso de bilheteria, como "Três recutas", "Marujo por acaso", "Rei do movimento", "O grande pintor", "Angu de caroço", e "Metido a bacana", onde a dupla Ankito e Grande Otelo apareceu pela primeira vez no cinema, numa parceria de sucesso. Sua carreira na TV é marcada por programas humorísticos. Trabalhou nas redes Tupi, Record, Bandeirantes e Globo. Na emissora do Jardim Botânico, além de participações nos programas de humor, ele atuou nas novelas "Gina", com Christiane Torloni; "Marina", com Edson Celulari, "A sucessora", de Manoel Carlos, e "Alma gêmea", como o personagem Falecido, em 2005. Um ano depois, ele fez sua última aparição na TV, uma participação na série "Carga pesada" como Ivanildo no episódio "Mata o véio, mata!".
Certa vez, em 1965, Ankito retornou a Rio Novo, apresentando um filme no qual ele interpretava um atrapalhado carteiro. No palco do Cine Rion disse ao povo que há muito desejava conhecer a terra que havia homenageado seu avô dando seu nome a uma rua, conhecer a casa onde foi criada sua mãe e a Igreja Matriz na qual ela havia participado de coroações.
O ator tinha 85 anos e perdeu a batalha que travava contra um câncer no pulmão em 30 de março de 2009.

O Cinema em Rio Novo - Parte II

Em 21 de abril de 1950, foi inaugurado o “CINE RION”, instalando-se no mesmo local onde situava-se o “Cine Guanabara”. O filme de inauguração foi o longa “Música para Milhões”, de 1944, dirigido por Henry Koster, que mais tarde alcançaria o estrelato na direção do filme “O Manto Sagrado” (1953) com Richard Burton, Victor Mature e Jean Simmons. O musical foi exibido já com a sincronia entre som e imagem, ou seja, sem a participação da orquestra.
Nesta época, início dos anos 50, uma nova preferência dominava as bilheterias de todos os cinemas: os chamados Faroestes. Os americanos encantavam o mundo com seus mocinhos, interpretados por atores como Buck Jones e Tom Mix, e o excepcional cavalo Trigger roubando as cenas de Roy Rogers.
No Brasil tinham destaque as chamadas “Chanchadas” – filmes de comédia de fácil comunicação com o público. Este apelo popular foi utilizado pelas produtoras da época e alguns filmes satirizavam grandes clássicos americanos, como é o caso de “Matar ou Correr” (1954), do diretor Carlos Manga, em alusão ao “Matar ou Morrer” (1952) com Gary Cooper.
Entre os cinco maiores artistas das chanchadas (juntamente com nomes como Grande Otelo e Oscarito) encontra-se Ankito – neto e filho de rionovenses.

O Cinema em Rio Novo - Parte I




Nesta série de postagens vamos conferir a trajetória do cinema em Rio Novo, uma pequena cidade do interior de Minas Gerais, a 50 minutos de Juiz de Fora.


O Início
  
O primeiro cinema de Rio Novo, surgiu em 1910 quando os irmãos Antonio e Paschoal Cortez, montaram onde é hoje a rua Dr. Basílio Furtado, o “Pavilhão Brasil”, coberto e cercado de lonas para exibição de filmes mudos – totalmente sem som – que exigia a participação da orquestra da cidade.
Os cinemas da época se recomendavam não apenas por suas montagens e instalações, mobiliário e decorações, seleções de filmes, mas também por uma boa orquestra. A orquestra que se apresentava no cinema Íris durante a exibição dos filmes conquistou meritória fama sob a regência do maestro José Joaquim da Silva Ribeiro (Quinca Alda). Muitos viajantes permaneciam alguns dias na cidade para ir ao Cine-Teatro Íris (como passou a ser denominada a empresa), não tanto pelo filme que, afinal, já haviam até assistido no cinema de suas cidades mas, sim, para ouvir a excelente orquestra de Rio Novo. A música realmente era considerada como uma das mais nobres manifestações de educação e cultura.
No dia 11 de dezembro de 1930, o Cine Teatro Íris apresentou, pela primeira vez no município, um filme em que o som já encontrava-se em sintonia com a imagem: “Paris” – musical de 1929, do diretor Clarence G. Badger, estrelado pela cantora e atriz da Broadway, Irene Bordoni. 
Teria chegado, então, o fim das orquestras nos cinemas? Não naquele momento, pois, na realidade, o Cinema Íris conseguiu manter a apresentação de filmes sonorizados até 15 de junho de 1931. O elevado custo dos aparelhos de som, que eram arrendados, e mesmo a deficiência do sistema, impossibilitaram a continuação do cinema sonorizado. Assim, as orquestras voltaram ao trabalho, até que em 20 de março de 1932, finalmente foram inaugurados os novos aparelhos sonoros do estabelecimento.


quinta-feira, 15 de setembro de 2011

POSTAGEM TESTE

Um, dois, três... testando...

Som... hei.. som... xxx xxx som.. um. dois. som. hei.


Opa... é mais fácil do que eu pensei!

Bom, Irmãos, sejam bem vindos ao Blog do Capítulo Culto ao Dever, onde serão postadas notícias das realizações do Capítulo e outras com conteúdo cultural.

Segura essa, Stallone!!!